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Portugal acelera vendas de crédito malparado após dois anos de quebra, mostra estudo da Prime Yield

Na mais recente edição do seu estudo ibérico “Investing in NPL in Iberia”, a Prime Yield conclui que a venda de carteiras de crédito malparado em Portugal terá aumentado em 2024, invertendo dois anos de quebra nas transações.

Entre as principais conclusões do estudo relativas a Portugal, incluem-se:

  • Em 2024, além da transação atípica do Projeto Cascais, no valor de €4,2 mil milhões, deverão ter sido vendidos outros portfólios de crédito em incumprimento no valor de €3,4 mil milhões.
  • A confirmar-se, tal significa que a atividade reativou face aos dois anos anteriores, quando o mercado nacional perdeu dinâmica, com transações anuais inferiores a €2,0 mil milhões.
  • A banca continua a lançar novos processos de venda, mas um dos impulsionadores atuais da atividade é o mercado secundário.
  • Portugal contabiliza €5,1 mil milhões de malparado no sistema financeiro, continuando a reduzir o crédito em incumprimento. Este volume corresponde a 2,4% do total do crédito concedido.
  • Cerca de 55% do crédito em incumprimento é gerado pelas empresas, no valor de €2,8 mil milhões, e 41% pelas famílias, no valor de €2,1 mil milhões. Do montante em incumprimento no segmento das famílias, cerca de metade, equivalente a €1,1 mil milhões, corresponde a créditos à habitação.

Francisco Virgolino, Managing Director da Prime Yield, explica: “Entre 2019 e 2024, passámos de €21,3 mil milhões de crédito malparado no sistema financeiro nacional para 5,1 mil milhões. Naturalmente que o universo de carteiras a chegar ao mercado pela mão da Banca neste período foi reduzindo e isso travou a atividade transacional. Contudo, o mercado também se tornou mais maduro e surgem outros tipos de operação. Numa tendência que é europeia, repensam-se modelos de negócio e estratégias para se adaptar a mercados de menor escala e em mudança, a fim de ganhar eficiência. Nomeadamente, observam-se mais negócios corporativos entre servicers e investidores e um acréscimo de transações no mercado secundário. Portugal não foge à regra. Os bancos continuam a colocar carteiras para venda no mercado, mas o grande impulso de 2024 deve-se às transações no mercado secundário, bem como a acordos de venda de servicers, como são os exemplos da venda da Algebra Capital e da Do Value e respetivas carteiras”.

Se quer saber mais sobre o mercado português de NPL, contacte-nos.

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